terça-feira, 5 de agosto de 2025

SEGURANÇA DA INFORMAÇÃO: O PILAR QUE NÃO PODE FALHAR NA TI

 Vivemos na era dos dados. Tudo é informação: CPF, e-mail, contrato, número do cartão, histórico de navegação, localização em tempo real. A tecnologia tornou a vida mais prática, mas também aumentou a exposição das empresas e das pessoas a riscos digitais.

Nesse cenário, a Segurança da Informação deixou de ser apenas um setor da TI e passou a ser um pilar estratégico para qualquer organização.

1. O que é Segurança da Informação?

Segurança da Informação é o conjunto de práticas e políticas que visam proteger os dados contra:

  • Acesso não autorizado

  • Uso indevido

  • Alterações indevidas

  • Divulgação indevida

  • Destruição acidental ou proposital

Ela trabalha para garantir os três pilares clássicos da informação:

  • Confidencialidade: só acessa quem tem permissão

  • Integridade: os dados estão corretos e completos

  • Disponibilidade: o dado está acessível quando necessário

Hoje, ainda acrescentamos mais dois conceitos modernos:

  • Autenticidade: o dado é verdadeiro e confiável

  • Legalidade: o dado está sendo tratado conforme as leis (como a LGPD)

2. Principais ameaças digitais

A lista de ameaças é grande e cresce todos os anos. Algumas das principais são:

  • Phishing: e-mails ou sites falsos para roubar dados

  • Ransomware: vírus que sequestra os dados e exige resgate em dinheiro

  • Vazamento de dados: causado por falhas ou ataques

  • Malwares: softwares maliciosos que corrompem ou espionam sistemas

  • Ataques de força bruta: tentativa de descobrir senhas por repetição

  • Engenharia social: quando o criminoso engana pessoas para conseguir acesso

O pior é que a maioria dos incidentes não vem da tecnologia, mas do erro humano.

3. O papel da TI na proteção dos dados

O time de TI precisa adotar uma postura proativa e disciplinada para proteger os dados da empresa. Algumas práticas básicas:

  • Política de senhas fortes e trocas periódicas

  • Controle de acessos baseado em função (mínimo necessário)

  • Backup regular com cópias fora do ambiente principal

  • Firewall ativo e atualizado

  • Antivírus e anti-malware com proteção em tempo real

  • Criptografia de dados sensíveis

Além disso, a TI precisa educar os usuários, promovendo cultura de segurança.

4. LGPD e responsabilidades legais

A Lei Geral de Proteção de Dados (LGPD) entrou em vigor no Brasil em 2020 e trouxe uma revolução para a forma como as empresas lidam com informações pessoais.

Se a empresa coleta, armazena, trata ou compartilha dados pessoais, ela é responsável legalmente por qualquer incidente que comprometa essa informação.

Multas, sanções, bloqueios e perda de reputação estão na lista de punições possíveis.

Por isso, a TI precisa garantir:

  • Mapeamento dos dados pessoais

  • Bases legais para o tratamento dos dados

  • Consentimento dos titulares

  • Canais de atendimento para solicitações (acesso, correção, exclusão)

  • Registro de atividades de tratamento

Ignorar a LGPD não é mais uma opção.

5. Ferramentas que ajudam na Segurança da Informação

Existem diversas ferramentas que reforçam a segurança de uma empresa:

  • Firewall UTM (Fortinet, SonicWall, Mikrotik)

  • EDR (Endpoint Detection and Response)

  • SIEM (Security Information and Event Management)

  • VPN (Redes Virtuais Privadas)

  • DLP (Data Loss Prevention)

  • Gerenciadores de senhas (LastPass, Bitwarden, Keepass)

Mais importante que a ferramenta é a política e o processo por trás do uso dela.

6. A segurança começa com gente

Não adianta ter milhões em infraestrutura se o colaborador clica em qualquer link.

O elo mais fraco da segurança sempre será o usuário mal orientado.

Por isso, é papel da TI:

  • Realizar treinamentos periódicos sobre segurança

  • Simular ataques (phishing simulado, por exemplo)

  • Envolver a liderança na criação da cultura de segurança

  • Garantir que o RH inclua boas práticas no onboarding dos funcionários

7. Como montar uma política de segurança eficiente

Toda empresa precisa ter um documento claro, acessível e aplicado na prática, com os seguintes itens:

  • Política de uso aceitável de dispositivos e sistemas

  • Política de controle de acessos

  • Política de backup e recuperação de desastres

  • Política de retenção e exclusão de dados

  • Política de resposta a incidentes

  • Política de BYOD (uso de dispositivos pessoais na empresa)

Esse documento precisa ser revisto anualmente e assinado por todos os colaboradores.


Conclusão

A Segurança da Informação não é mais luxo, é necessidade vital.
Não importa o tamanho da empresa: sem segurança, o prejuízo pode vir em minutos.

E mais: profissionais de TI que dominam Segurança da Informação são altamente valorizados no mercado. Entender riscos, leis, tecnologias e cultura organizacional é o que separa o técnico comum do gestor estratégico de TI.

Você quer crescer na área? Estude segurança. Viva segurança. Pratique segurança.
Porque TI sem segurança é TI vulnerável — e hoje, isso não é aceitável.

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