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segunda-feira, 28 de março de 2016

Google volta a ser acessível na China durante algumas horas


Após seis anos censurado pelas autoridades do país, o Google ficou acessível na China durante um breve período de tempo até a madrugada de segunda-feira (28), publicaram internautas chineses na internet.
Das 23h30 (12h30 em Brasília) da noite de domingo (27) até duas horas depois, o Google ficou acessível na China por meio de vários domínios.
Segundo o jornal independente de "Hong Kong South China Morning Post" (SCMP), que citou testemunhos de usuários da China em redes sociais e sites, o buscador esteve operacional durante esse tempo. Apesar disso outros serviços da empresa, como o Gmail, e outras páginas da internet, como o Facebook, continuaram censuradas.
A explicação que alguns meios chineses deram em suas contas no Weibo, o Twitter chinês, e no WeChat, um híbrido de Whatsapp e Instagram, foi que o Google introduziu uma série nova de servidores IP para algumas zonas da Ásia e que o aparelho censor demorou a reconhecer até bloquear o buscador de novo.
Durante esse espaço de tempo, alguns internautas chineses comentaram na rede que era possível entrar no Google, e muitos, como Li Yue, um engenheiro de Shenzhen, chegaram a celebrar seu retorno à China. "Inclusive liguei meus amigos para que tentassem. Fiquei tão feliz, embora não tivesse certeza se era uma abertura temporal ou uma mudança permanente", indicou.
Outro usuário, Xiaohu Erin, confirmou no Weibo pouco depois, à 01h16 da madrugada, que não se tratava mais do que uma exceção temporal: "Está bloqueado de novo. Deveríamos lembrar este período de felicidade".
O Google encerrou de forma abrupta a maioria de suas operações na China continental em 2010 por causa dos ataques cibernéticos contra usuários do Gmail e dos desacordos com o governo sobre a censura dos resultados de busca.
Eric Schmidt, o presidente-executivo do Alphabet, a matriz do popular buscador, afirmou em novembro em um fórum tecnológico em Pequim que o Google quer aumentar sua presença na China e que está em constante diálogo com as autoridades do país.
Outras empresas de internet, como Facebook, YouTube e Twitter, e vários meios de comunicação estrangeiros são vítimas da censura cibernética chinesa, e só podem ser acessados através das chamadas "redes privadas virtuais" (VPN), ferramentas que permitem aos internautas ocultarem o endereço IP e navegar como se estivessem em outro país.

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